A Vigilância em Saúde de Juína iniciou a instalação de um novo sistema de monitoramento do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O município foi contemplado pelo Ministério da Saúde com o projeto das Ovitrampas, armadilhas específicas que capturam os ovos do mosquito, permitindo um mapeamento detalhado das áreas de maior risco. A tecnologia utilizada foi desenvolvida em parceria com a Fiocruz e é operada por meio do sistema Conta-Ovos, que gera um mapa de calor com base na contagem dos ovos coletados.
Segundo a coordenadora da Vigilância em Saúde, Geane Rodrigues, as armadilhas são posicionadas estrategicamente em domicílios, respeitando um raio de 300 metros entre elas. A cada cinco dias, os agentes recolhem as palhetas com os ovos, e os dados são enviados para o sistema nacional. “Esse novo monitoramento vai nos permitir agir de forma mais precisa, direcionando nossas ações de bloqueio para os locais com maior infestação, até que esses pontos deixem de representar risco para a população”, explica.
O coordenador da Endemias, Paulo Santana, destaca que o projeto será implantado em etapas. “Neste primeiro momento, estamos instalando 126 armadilhas. Em breve, vamos alcançar quase 200 em toda a cidade. É uma evolução em relação ao sistema anterior, o LIRAa, pois teremos um acompanhamento praticamente em tempo real da situação do vetor em Juína.”
A secretária municipal de Saúde, Marcela Américo, reforça que o trabalho é contínuo, mesmo no período da seca. “A vigilância não para. É um dever de todos contribuir com a prevenção. Os agentes fazem o monitoramento, mas é fundamental que cada morador colabore com a limpeza e receba bem as equipes. Essa é uma parceria que salva vidas”, afirma.
Além do novo sistema, a Vigilância em Saúde também recebeu uma motocicleta para auxiliar no deslocamento das equipes, fortalecendo as ações de campo. A Prefeitura de Juína segue firme no compromisso com a saúde pública e o combate constante ao mosquito transmissor.